27/02/2019 20:53

COMUNICADO

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Assim como a maioria das pessoas, a diretoria da APCEF/BA tomou conhecimento do caso envolvendo o associado João Paulo (que ocupava até ontem a gerência geral da agência Relógio São Pedro) através das redes sociais. O mesmo foi acusado por um cliente de ter praticado discriminação racial, após um atendimento realizado no dia 19 de fevereiro.

De imediato, essa entidade hipotecou solidariedade ao nosso associado e ofereceu a ele apoio Jurídico.
Em tempos de redes sociais e de ânimos acalorados, a APCEF/BA percebeu que a forma como a situação está espetacularizada na mídia com vídeos cortados e parcialidade na divulgação dos fatos, se faz necessário aguardar que o gestor exerça o seu direito de defesa. 

Lembramos que o cliente chegou na agência por volta das 10h e foi atendido às 10h37, conforme a senha que lhe foi disponibilizada. O atendimento durou 1h22. O cliente ficou horas pressionando o empregado para uma solução que não poderia ser concedida imediatamente, visto que alguns problemas demandam prazo. Os policiais chegaram à unidade por volta das 17h para tentar convencê-lo a se retirar do local, tendo se estendido até às 18h30. Lembramos que o expediente encerra às 16h.

A APCEF/BA chama atenção para essa situação, que não é um caso isolado, tendo em vista a precarização do trabalho dos empregados Caixa, bem como a sobrecarga de atividades exercidas, as ameaças de retiradas de função e a cobrança de metas abusivas, além dos excessos que os empregados estão submetidos durante a jornada de trabalho, tornando-se  corriqueiro que colegas peçam transferência de suas unidades de lotação em decorrência de sofrerem todos os tipos de ameaças.

Muitos desses problemas seriam evitados caso a CAIXA voltasse a contratar para recompor o seu quadro de funcionários, que nos últimos anos sofreu uma diminuição de mais de 16 mil empregados e, em contrapartida, aumentou sua base de clientes.

A APCEF/BA também repudia a nota emitida pela Caixa, visto que transfere toda a responsabilidade para o empregado ao afastá-lo da agência. A APCEF/BA sempre contribuiu e continuará contribuindo para eliminação de qualquer forma de discriminação e violência contra qualquer cidadão.

Sobre o caso, um procedimento já foi instaurado no Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA) na última terça-feira (26) para apurar a denúncia de racismo. Por fim, a associação aguarda a apuração dos fatos, a fim de que seja esclarecida a situação.

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